segunda-feira, 20 de julho de 2015

Minha melhor amiga é a minha irmã!

Algumas amizades nos trazem um sentimento muito especial. Pensar nelas é como pensar em um porto seguro, um lugar (ou, no caso, um alguém) onde (ou no colo de quem) o nosso coração sempre poderá repousar. Tenho alguns poucos amigos assim! Amigos que estão presentes em minhas perspectivas futuras, aconteça o que acontecer.
Confesso que eu sou mesmo uma pessoa que fica a pensar o que será dos próximos 3, 5, 10, 15 anos... Gosto de imaginar e sonhar, não de me preocupar (apesar de isso acontecer de vez em quando)! Nessas doces imaginações do meu futuro, alguns amigos muito especiais estão a enfeitar a minha casa, a compartilhar domingos e outros, ainda, a apadrinhar meus filhos (que, um dia, quem sabe... com a Graça de Deus, eu vou ter! Sonho e não preocupação, sonho e não preocupação, sonho e não preocupação! Ok, convencida!).
Tenho amigas que são como irmãs. MESMO! Mas não tenho (me perdoem meninas) nenhuma amiga como a minha irmã! Apesar de eu ter as melhores amigas possíveis e imagináveis (elas vão adorar ler isso e COM CERTEZA vão ficar envaidecidas), é a minha irmã quem tem todo o meu passado, é ela quem SEMPRE esteve comigo! SEMPRE MESMO! Tenho vontade de chorar só de lembrar todas as dificuldades que já superei com o seu apoio e amor! Tenho vontade de chorar ainda mais pelas dificuldades que ela já passou e que não soube ajudar o quanto ela me ajudou! Mas a minha vontade maior é de sorrir por contemplar a justiça de Deus em sua vida!!!
Não sei por quê razão ultimamente esse sentimento tem invadido a minha alma, em uma espécie de gratidão desmedida por tudo o que já vivemos! Nem sei se ela percebe, mas pareço estar mais intensa em nossa relação amiga-irmã! As briguinhas bobas continuam, contudo, sinto um misto de nostalgia e alegria só de pensar em tudo que já passamos juntas! Queria apenas ter sido melhor em alguns momentos, ter participado mais, ter estado mais presente do que ausente... Sei que em alguns momentos ela esperava mais de mim! E eu não soube ser melhor! Isso ainda acaba comigo! Como ela é muito generosa e tem um coração imenso, sempre disposto a perdoar, acabo não sentindo o peso desses meus pequenos pecados... Mas é fato, e eu lhe disse isso quando ela me entregou o seu buquê de casamento: tenho muito mais sorte do que ela, pois sou eu quem tem ela como irmã!
E eu a amo por muitas razões... Já dividimos o mesmo quarto, pedimos quartos separados e quando tivemos quarto separados gostávamos mesmo era de dormir juntas. Na minha infância fiquei babando vendo ela se arrumar para sair com as amigas, e tive o privilégio de, na adolescência, ter ela como minha maquiadora e personal stylist. Já viajamos juntas, nos perdemos mesmo com um mapa nas mãos, perdemos o voo, dormimos em um aeroporto gelado bem próximas uma da outra para não ficar tão frio... Rimos muito, choramos abraçadas e eu até já tive que sentar nos corredores das lojas em Londres esperando ela experimentar tudo o que queria. No final, eu sempre achava o que melhor lhe vestia e vice versa! Sempre foi assim! 
Ela protagonizou o milagre mais lindo que eu já presenciei em minha vida: tornar-se mãe! E eu não canso de recordar como isso aconteceu espontaneamente, tão naturalmente... Quando a Cecília nasceu ela simplesmente já sabia ser mãe e a Ceci a reconhecia assim e sabia ser sua filinha! Adoro recordar os primeiros momentos delas juntas! Meus grandes amores!
Por isso, nesse dia do amigo, quero deixar o meu abraço mais apertado para ELA! Minha irmã!!! Quem tem irmã sabe o que isso represente! Esse forte laço com o passado e certeza do futuro que se manifesta sempre presente, como um verdadeiro PRESENTE de Deus!

Feliz é quem tem num irmão um grande amigo!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Breves (bem breves) notas sobre o dia de ontem...

Ontem, e – por um desvirtuamento de minha parte – somente ontem, fiquei sabendo que no dia 15 de julho é celebrado, no Brasil, o dia do homem. Isso me fez questionar as razões pelas quais desde que eu “me conheço por gente” sei que no dia 08 de março se comemora o dia internacional da mulher, mas somente aos 30 anos de idade fiquei sabendo que dia 15 de julho é O DIA DO HOMEM!
Resolvi investigar e descobri que a data foi instituída na década de 90, depois, portanto, de eu “já me conhecer por gente”! OK, já é um bom motivo! Mas enquanto nós, mulheres, podemos elencar um numeroso rol de motivos para celebrarmos o dia internacional da mulher, surpreendeu-me que, na pesquisa virtual, um motivo em especial foi destacado no que se refere ao “dia do homem”: melhorar a saúde deles! Conscientizá-los para a importância de (pasmem!) cuidarem de si mesmos (principalmente no que se refere a câncer de próstata)! Nada que uma mãe, irmã, esposa ou namorada (mulher, mulher, mulher e mulher!) já não os tivesse alertado muitas vezes!
Mas essa não foi a única reflexão oportunizada pela data... Acabei por constatar que, enquanto são muitas as mulheres, de minha convivência, pelas quais eu TIRO O CHAPÉU, poucos são os homens pelos quais o mesmo chapéu sai da minha cabeça!
Meu pai e meu irmão, sem sombra de dúvidas, por um milhão de motivos!!! E alguns outros poucos, por diferentes razões! Contudo, ainda me resta a impressão de que eles sim são o sexo frágil! Não quero enfrentar dados e personalidades históricas, pois os homens serão em maior número lembrados... Mas apenas fazer um desabafo, pois me parece que, na pós-modernidade, mais do que nunca, são as mulheres que fazem a vida acontecer! Nas pequenas coisas, que são muitas, mas que mantém a casa – e o mundo – em ordem! O ideal seria que essa responsabilidade fosse igualmente dividida em todas as tarefas quotidianas e em todos os segmentos. Em todas as responsabilidades, sejam elas políticas, sociais, ou mesmo relacionadas ao lar! Fato é que as mulheres ainda ficam nos bastidores! E como se trabalha nos bastidores!!!

Não! Este não é um discurso feminista e discriminatório! Pelo menos essa não é a minha intenção! É que hoje acordei com uma alegria imensa por SER MULHER! Acordei orgulhosa dessa condição, um dia depois de celebrado o dia do homem! Afinal, cada uma de nós, por um motivo ou por outro, como diz a Rita Lee: “É MAIS MACHO QUE MUITO HOMEM!”

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Quem nunca!?


Dentre as inúmeras frases que viram febre nas redes sociais e conversas entre amigos, uma delas me fez refletir neste final e início de ano (poderia conjeturar sobre isso! Todo final importa em um novo começo – bem interessante!). “Quem nunca!?” me parece ser uma expressão que nos torna mais humanos e ao mesmo tempo mais tolerantes com os erros dos outros e com nossos próprios tropeços. Minimiza os julgamentos e acaba por colocar quem a pronuncia no seleto grupo de pessoas que se admitem falíveis – quando a pessoa realmente quer dizer isso.
Dia 12 de janeiro de 2015 e eu resolvi fazer algo que havia me proposto desde o final do ano de 2014: voltar a escrever! Afinal, “quem nunca!?” acabou adiando um pouco os planos e metas de ano novo? Tudo bem! Mas eu, particularmente, não podia mais adiar! O regime, para compensar os excessos cometidos no final de ano, eu já havia deixado para depois. O exercício físico? A mesma coisa! E assim fui deixando, uma coisa e outra para depois... “Quem nunca!?”
Ainda não tinha vivido a emoção e renovação do ano novo! Vi os fogos de artifício, tomei espumante, me vesti de branco, contudo ainda estava apegada ao ano que passou e as coisas que ficaram em 2014. 2015, por sua vez, estava dançando na minha cara um tanto desanimada de uma forma tão sedutora que resolvi lhe dar uma chance! Hoje! Na segunda segunda-feira do novo ano! Antes tarde do que nunca! Afinal, “quem nunca!?” 
Comecei limpando os cômodos, arrumando as gavetas, trocando os móveis de lugar, selecionei novas fotos para antigos porta-retratos, tudo para encarar o novo ano, para reformular os planos! Uma tentativa (ainda não desesperada) de reorganizar a vida, as emoções, de enxergar o horizonte, mesmo que para isso tivesse que ficar na ponta dos pés, em virtude dos meus singelos 158 centímetros de altura.
2015! O ano em que completo 30 anos começou diferente! Isso estava pra lá de evidente, e eu, que até me sentia contente em alguns momentos, em virtude das mudanças que a vida me proporcionara, me percebi a mesma! E ainda me questiono até que ponto isso pode ser positivo! Mais uma vez não havia feito metas e planos, nem a curto prazo, como listas esperançosas do que pretendia alcançar e resolvi mesmo não fazê-las! Vou é fazer uma lista das coisas que eu preciso mudar, do que eu preciso aprimorar em meu íntimo! Sei que é árduo trabalho sobre si mesmo, mas estou querendo investir nisso! Algo estilo Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo!” Afinal, o mundo e as pessoas não vão mudar por você! E “quem nunca” desejou que isso acontecesse, simplesmente porque parecia mais fácil? Não é! Pode até parecer, mas não é!
Por nós mesmos, verdadeiramente, somente nós mesmos e Deus! De nada vai adiantar a família e os amigos darem uma baita força se você não estiver a favor de você! Claro que todos eles tornam o caminhar mais doce, mas isso importa em uma séria e diária decisão pessoal de procurar ser melhor e mais feliz! Poderia recomendar algumas cápsulas que auxiliam nesse processo, como caridade e alegria, mas cada um sabe as virtudes que precisa praticar para a saúde do seu coração e de sua alma...
Nessa do “quem nunca!” quis mesmo saber o que EU NUNCA!? Não sou de chutar o balde – uma vez até colocaram um balde diante de mim para que, pelo menos literalmente, eu conseguisse “chutar o balde” e não funcionou! –, mas “quem nunca!?” Não sou de segurar o choro, mas “quem nunca!?”. Não sou de impor coisas ao meu coração que eu não sinto, mas EU NUNCA! Com meus sentimentos eu gosto mesmo de naturalidade, simplicidade! Não finjo, não escondo! Para que eu realize algo, primeiro isso tem que acontecer no meu interior. Não sei dar o que não tenho e nem tirar de mim algo que ainda quero, a vida que faça isso por si só!
Enfim percebi que EU NUNCA: pulei de pára-quedas, asa-delta ou algo parecido; mergulhei em águas profundas; briguei muito feio com alguém; deixei de falar com algum amigo por livre e espontânea vontade; me senti muito à vontade de biquíni; cantei sem ficar um pouco encabulada; me casei; tive um(a) filho(a) – a não ser a Filó, minha cachorrinha; consegui ler todos os livros que tenho... e um zilhão de outras coisas! Algumas eu prefiro dizer que EU AINDA NUNCA, e outros eu me proponho a TENTAR NUNCA...
Afora os “nunca’s” desse texto, espero apenas que eu, você e todo o resto do mundo possam, ao menos experimentar, um “para sempre”, desde que seja doce, desde que seja verdadeiro, desde que faça bem! Feliz ano novo!