segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Quem nunca!?


Dentre as inúmeras frases que viram febre nas redes sociais e conversas entre amigos, uma delas me fez refletir neste final e início de ano (poderia conjeturar sobre isso! Todo final importa em um novo começo – bem interessante!). “Quem nunca!?” me parece ser uma expressão que nos torna mais humanos e ao mesmo tempo mais tolerantes com os erros dos outros e com nossos próprios tropeços. Minimiza os julgamentos e acaba por colocar quem a pronuncia no seleto grupo de pessoas que se admitem falíveis – quando a pessoa realmente quer dizer isso.
Dia 12 de janeiro de 2015 e eu resolvi fazer algo que havia me proposto desde o final do ano de 2014: voltar a escrever! Afinal, “quem nunca!?” acabou adiando um pouco os planos e metas de ano novo? Tudo bem! Mas eu, particularmente, não podia mais adiar! O regime, para compensar os excessos cometidos no final de ano, eu já havia deixado para depois. O exercício físico? A mesma coisa! E assim fui deixando, uma coisa e outra para depois... “Quem nunca!?”
Ainda não tinha vivido a emoção e renovação do ano novo! Vi os fogos de artifício, tomei espumante, me vesti de branco, contudo ainda estava apegada ao ano que passou e as coisas que ficaram em 2014. 2015, por sua vez, estava dançando na minha cara um tanto desanimada de uma forma tão sedutora que resolvi lhe dar uma chance! Hoje! Na segunda segunda-feira do novo ano! Antes tarde do que nunca! Afinal, “quem nunca!?” 
Comecei limpando os cômodos, arrumando as gavetas, trocando os móveis de lugar, selecionei novas fotos para antigos porta-retratos, tudo para encarar o novo ano, para reformular os planos! Uma tentativa (ainda não desesperada) de reorganizar a vida, as emoções, de enxergar o horizonte, mesmo que para isso tivesse que ficar na ponta dos pés, em virtude dos meus singelos 158 centímetros de altura.
2015! O ano em que completo 30 anos começou diferente! Isso estava pra lá de evidente, e eu, que até me sentia contente em alguns momentos, em virtude das mudanças que a vida me proporcionara, me percebi a mesma! E ainda me questiono até que ponto isso pode ser positivo! Mais uma vez não havia feito metas e planos, nem a curto prazo, como listas esperançosas do que pretendia alcançar e resolvi mesmo não fazê-las! Vou é fazer uma lista das coisas que eu preciso mudar, do que eu preciso aprimorar em meu íntimo! Sei que é árduo trabalho sobre si mesmo, mas estou querendo investir nisso! Algo estilo Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo!” Afinal, o mundo e as pessoas não vão mudar por você! E “quem nunca” desejou que isso acontecesse, simplesmente porque parecia mais fácil? Não é! Pode até parecer, mas não é!
Por nós mesmos, verdadeiramente, somente nós mesmos e Deus! De nada vai adiantar a família e os amigos darem uma baita força se você não estiver a favor de você! Claro que todos eles tornam o caminhar mais doce, mas isso importa em uma séria e diária decisão pessoal de procurar ser melhor e mais feliz! Poderia recomendar algumas cápsulas que auxiliam nesse processo, como caridade e alegria, mas cada um sabe as virtudes que precisa praticar para a saúde do seu coração e de sua alma...
Nessa do “quem nunca!” quis mesmo saber o que EU NUNCA!? Não sou de chutar o balde – uma vez até colocaram um balde diante de mim para que, pelo menos literalmente, eu conseguisse “chutar o balde” e não funcionou! –, mas “quem nunca!?” Não sou de segurar o choro, mas “quem nunca!?”. Não sou de impor coisas ao meu coração que eu não sinto, mas EU NUNCA! Com meus sentimentos eu gosto mesmo de naturalidade, simplicidade! Não finjo, não escondo! Para que eu realize algo, primeiro isso tem que acontecer no meu interior. Não sei dar o que não tenho e nem tirar de mim algo que ainda quero, a vida que faça isso por si só!
Enfim percebi que EU NUNCA: pulei de pára-quedas, asa-delta ou algo parecido; mergulhei em águas profundas; briguei muito feio com alguém; deixei de falar com algum amigo por livre e espontânea vontade; me senti muito à vontade de biquíni; cantei sem ficar um pouco encabulada; me casei; tive um(a) filho(a) – a não ser a Filó, minha cachorrinha; consegui ler todos os livros que tenho... e um zilhão de outras coisas! Algumas eu prefiro dizer que EU AINDA NUNCA, e outros eu me proponho a TENTAR NUNCA...
Afora os “nunca’s” desse texto, espero apenas que eu, você e todo o resto do mundo possam, ao menos experimentar, um “para sempre”, desde que seja doce, desde que seja verdadeiro, desde que faça bem! Feliz ano novo!