quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Do polegar ao dedo mínimo!

Eu não lembro com exatidão o que me fez pensar nisso ou ter essa lembrança, mas foi muito gostoso! Lembrei de quando meu pai fazia uma brincadeira comigo quando era criança.
Ele fechava as mãos com os dedos cruzados com força e eu tinha que tentar abri-los, um por um. Por certo que eu não tinha força suficiente para conseguir fazê-lo, ele próprio soltava os dedos aos poucos! E para a brincadeira continuar e eu permanecer entretida por mais tempo, quando conseguia abrir algum dedo e passava para o próximo, ele voltava a fechar o anterior!
Não tenho idéia de quanto tempo todo esse “divertimento” durava, mas tenho muito presente como eu me sentia quando as mãos se abriam por completo! Era uma felicidade imensa e as minhas covinhas do rosto ficavam mais fundas!
Quantas coisas não mantemos fechado durante muito tempo? Ou quando abertas, tornamos a fechá-las??? O REVELAR é uma sensação sensacional! Não sei se “revelar” é a melhor palavra para descrever o que eu gostaria, diz com um a sensação se conquista, não pelo simples conquistar, mas, melhor, conseguir: como arrancar um sorriso de um amigo depois de ele ter chorado uma tarde inteira! Acho que é isso!
Como acordar de bom humor (o que não acontece exatamente comigo), terminar um tricô e ver como ficou (e eu não tenho esses dotes!), perdoar uma falha, um sincero pedido de desculpa... Esse tanto de coisas ou sensações que fazem a gente respirar com um sorriso aliviado!
Quem dirá quando se supera o medo de altura e se encara um vôo de asa-delta, quando sai o “listão” de vestibular tão esperado e “aprovado”, quando se encontra a rima perfeita para uma bela estrofe, ou, melhor e mais: quando um coração fechado se abre para o amor... Ahhhh! Deve ser fabuloso! Melhor se seu coração nunca tenha se fechado, claro, mas na maioria das vezes são as dificuldades que tornam o realizar ainda mais festejado!
Muitas vezes pode ser difícil, e os “dedos” tornarem a se fechar depois de ter começado pelo polegar e estar chegando no dedo anelar, mas, ao menos o doce coração do meu pai, não resistia a um beijinho carinhoso para abrir o próximo dedo e deixar a brincadeira mais divertida! Melhor apenas se na palma das mãos tiver uma bala de caramelo!!!
Hoje, os dedos entrelaçados são apenas para um passeio na praça com o namorado!

4 comentários:

  1. É, muito interessante a escrita, e reflexiva tb eu diria...
    gostei bastante! ;)

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  2. Conseguir abrir a mente e compartilhar o pensamento... eis uma dádiva!
    Adorei a escrita Lu! Estas de parabéns!

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  3. Pq sempre me orgulho...

    Pq meu coração sempre fica tocado ao término da leitura dessass palavras aqui postadas.

    Amooo incondicionalmente!!
    Tenho dito!!!
    Beijooo
    Lia

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  4. Lu, estou escobrindo a cada ia novas qualidades tuas...além d ecantar, percebo que escreve muito bem!
    Adorei o texto, me fez parar e refletir um pouco...
    Beijos!

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