Não pensar em nada, não querer nada, sentir-se nada! Alguém interessado em trocar o “nada” por alguma virtude que tenha utilidade pública?
Não quero enterrar os meus talentos. Nem servir-me deles em vaidade! Quero descobrir neles (que são poucos) um caminho que possa fazer bem também a um outro alguém!
Percorrendo então a rosa dos ventos encontrei um navio de partida. Demorei a perceber que a bombordo haviam alguns resquícios de um passado remoto, e no estibordo desejos profundos de felicidade sem fim! Mas o vento pode nos levar por caminhos tortuosos se não decidirmos comandar o leme com o coração! Importante, porém, acreditarmos que independentemente do percurso, das tempestades, da maré e das ondas fortes, se há AMOR, logo algum marujo vai gritar, bem do alto da gávea em meio a um pôr-do-sol deslumbrante: “Terra à vista!!!” E pode confiar, será uma prainha encantadora, e se chamará: FELICIDADE!
Isso porque não deixei o nada perturbar o meu sono! Escutei pacientemente as minhas inquietações e ponderei suas reivindicações como um mediador disposto a fazer um acordo em que todos saíssem satisfeitos! Não me preocupei com o rótulo de que somos eternos insatisfeitos e chegamos a um acordo: Estarei atenta às minhas inquietações, enquanto estas, não me privarão de viver a todas as coisas conforme todo o conglomerado de emoções, sentimentos e valores que elas já conhecem muito bem!
As vezes não temos que optar por um caminho ou outro, basta apenas vivermos o caminho do meio!